A escassez de água em nosso planeta não é mais uma realidade exclusiva do Nordeste do Brasil ou de países africanos.
O uso consciente da água se faz cada vez mais necessário diante do grave problema da escassez, problema esse que afeta direta ou indiretamente a todos nós.
Uma das formas de evitar a diminuição acentuada da disponibilidade de água potável é fazer o seu reúso ou o aproveitamento de água de chuva.
O sistema de aproveitamento de água de chuva para consumo não potável é uma medida não convencional de conservação de água.
Atualmente, o aproveitamento de água de chuva é realizado em diversos países, além de regiões do próprio Brasil, como no Nordeste e norte de Minas Gerais.
Os recursos hídricos são considerados bem comum e, por isso, devem ser geridos de forma integrada, garantindo aproveitamento otimizado com o mínimo de conflitos.
Quantidade e qualidade são as duas formas de caracterização destes e, como tal, as águas pluviais são passíveis de sofrer alterações decorrentes de sua passagem pela atmosfera e em seu escoamento superficial. Em vez de serem reservadas, continuam sendo lançadas nas redes de águas pluviais, sem controle, impedindo seu aproveitamento adequado nas edificações em geral. A solução para tanto reside no desenvolvimento de projetos de utilização racional, visando à economia de outras fontes, especialmente as de qualidade superior, as quais devem ser devidamente direcionadas para usos mais nobres.
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Em Tóquio, por exemplo, as águas pluviais constituem recurso natural muito importante. Para esse recurso potencial de água, é possível construir grande número de “minirreservatórios” de águas pluviais em áreas urbanas, algo que já vem sendo experimentado em escala de lote residencial, aliando ainda telhados gramados para retenção e execução de planejamento de adução de água para consumo em um sistema independente do sistema de abastecimento público.
O uso da água de chuva tem como vantagem para o consumidor a diminuição da demanda de água fornecida pelas companhias de saneamento, com consequente redução dos custos com água potável.
Como consequência secundária, porém não menos importante, o aproveitamento de água de chuva diminui o volume de água que chega aos corpos d’água, reduzindo os riscos de enchentes.
Para a coleta da água de chuva são utilizadas áreas impermeáveis, normalmente telhados. A água armazenada deverá ser utilizada apenas para fins não potáveis, ou seja, não deve ser ingerida. Pode ser utilizada em vasos sanitários, jardinagem, lavagem de roupas, calçadas e carros. Apesar de possuir um grande potencial de aproveitamento, acaba sendo desperdiçada por falta de conhecimento e informação sobre seu uso.
Uma das formas mais simples de reúso de água de chuva é para a irrigação de plantas. O ideal é deixar baldes para coletar a água e regar as plantas com essa água nos períodos da manhã e noite. Ao escolher esses horários do dia, evita-se a perda excessiva de água por evaporação, havendo um melhor aproveitamento da água pela planta.
Nesse ponto, é importante salientar que nunca devemos utilizar a mangueira para lavar calçadas e carros, pois há um desperdício exagerado de água. No caso das calçadas, o ideal é sempre utilizar a vassoura e, quando houver a real necessidade de usar água, optar pelo balde. O uso do balde também é reco